Raimunda Pinto, sim Senhor! celebra 30 anos e terá apresentação única

Da Assessoria Fotos: Margareth Leite Quem não se lembra do badalado espetáculo “Raimunda Pinto, sim Senhor!”? Quem não pôde assistir a tantas apresentações da peça, que já rodou vários palcos importantes do país e aqui também no Piauí, conquistando tantos prêmios, pelo menos já ouviu falar no nome do mesmo. Com criação do Grupo Harém de Teatro, de Teresina, direção de Arimatan Martins e texto do renomado escritor e dramaturgo piauiense Francisco Pereira da Silva, Raimunda Pinto, sim Senhor! comemorará suas três décadas com um presente ao público, uma apresentação única, na próxima sexta-feira (16), às 20 horas, no Theatro 4 de Setembro, em Teresina. Esse presente ao público é também pelo aniversário do Grupo Harém de Teatro, este ano a companhia comemora 37 anos de fundação. O Harém foi criado em 1985, durante a realização da SEMANA CHICO PEREIRA, no mês de dezembro, em homenagem ao grande dramaturgo piauiense, reconhecido nacionalmente, que nos deixou em 1985, no Rio de Janeiro, onde estava radicado. O Grupo Harém de Teatro apresentou durante a Semana a peça “Os Dois Amores de Lampião antes de Maria Bonita” e “Só Agora Revelados”, e depois se uniu ao espetáculo “Raimunda Jovita na Roleta da Vida”, formando junto com “Raimunda Pinto, Sim Senhor!” e “Ramanda e Rudá” a tetralogia RAIMUNDA, RAIMUNDA. Raimunda Pinto, sim Senhor! faz parte, portanto dessa tetralogia, que foi criada em homenagem à atriz carioca Fernanda Montenegro e fala do êxodo rural. O espetáculo se apresentou pela primeira vez em Teresina, em 1992 e conta a estória de uma jovem cearense, feia, pobre, leporina (lábio defeituoso) e subdesenvolvida, que consegue “vencer na vida” longe de sua terra. A estória de “Raimunda Pinto” se passa num cenário da Segunda Guerra Mundial, precisamente em l942, no subúrbio da Cidade de Fortaleza, mas o eixo geográfico é instável e logo ela vai estar viajando pelo mundo.  Numa dessas cenas, Raimunda está a bordo do Enola Gay, avião que soltou a bomba atômica que arrasou as Cidades de Hiroshima e Nagazaki. Raimunda Pinto é dona de um belíssimo mundo interior. Francisco Pereira da Silva, que criou essas estórias que retratam bem o povo nordestino, nasceu em Campo Maior, em 1918, e ainda jovem foi para o Rio de Janeiro, onde começou como crítico de teatro, precisamente, no Jornal Correio da Manhã.  Fora da redação foi encontrar abrigo no palco do Teatro do Estudante, ingressando, pouco depois, no Duse, Teatro de grande prestígio no Rio. Autor de teatro, diretor da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Francisco Pereira formou com Ariano Suassuna e João Cabral de Melo Neto, a Tríade do Moderno Teatro Brasileiro.  Nessa época, eles já emprestavam aos temas regionais uma nova visão, distanciada dos “estereótipos” tão ao gosto dos autores nordestinos. Então, o público está convidado para esta apresentação de gala, que já abocanhou diversos prêmios em festivais regionais e nacionais ao longo desses 30 anos de sucesso, e foi indicado para vários outros tantos prêmios em categorias como: melhor ator, direção, música, ator-coadjuvante, entre outros. Os ingressos já estão disponíveis pela plataforma Sympla (www.sympla.com.br?raimunda-pinto-sim-senhor_1811983), sendo R$ 50,00 (inteira) e R$25,00 (meia entrada).  O elenco de Raimunda Pinto, sim Senhor! conta com Francisco Pellé, Francisco de Castro, Fernando Freitas, Airton Martins, Marcel Julian, Érica Anunciação, Andressa Santos e Amauri Jucá. Direção: Arimatan Martins.

Leia mais
Fazer palhaçadas é ironizar o poder e destituir o poder do Estado sobre o indivíduo

Esperando Godot estreia dia 17 de agosto em Teresina

O dramaturgo modernista irlandês,que tinha em James Joyce sua expressiva inspiração ,foi um Homem que sentiu na própria carne as duas guerras mundiais e delas tirou a o mel e fel de sua obra e os efeitos definitivos delas sobre os indivíduos e as sociedades testemunha dessa tragédia humana. Diz que “Esperando Godot”, é a história de dois vagabundos_que enquanto esperam a inalcançável personagem do “Senhor Godot” comem nabos brincam com seus chapéus, enquanto fazem narrativas sobre suas vidas e os bons tempos onde eram felizes. Mas “Godot”,é mais do que isso.É um testemunho contundente,e arrasador sobre todos do avanço do nazi_facismo na Europa, que vem de forma avassaladora,destruindo os melhores e maiores avanços e conquistas das sociedades modernas.Beckett, preferem ,em sua peça, que considera uma farsa, enquanto gênero literário, discorrer sobre os efeitos e impactos dessas transformações sobre tudo e todos. Comer nabo é como roer o osso que lhe sobra.Brincar com o chapéu,é perder a cabeçaque é estrangulada numa simulação de suicídio.Fazer palhaçadas é ironizar o poder e destituir o poder do Estado sobre o indivíduo.É colocar em cheque a capacidade do Homem em erguer Torre Eiffel como um símbolo,de desenvolvimento e ao mesmo tempo um troféu para a morte do próprio Homem,quando usa o monumento para se atirar lá do alto da sua torre e da sua própria decadência. O tempo de hoje, lembra muito aquele tempo em que Samuel Beckett,denuncia em sua maior obra.Uma obra de todos os tempos. A espera para assistir a peça agora vai acabar. Estreia no dia 17 de Agosto- 20h no Espaço Casa de Soraya. Ficha Técnica: Peça: Esperando GodotAutor: Samuel BeckettDramaturgia e encenação: Arimatan Martins.Elenco:Francisco de Castro e Fernando Freitas.Cenografia e adereços: Emanuel de Andrade.Figurinos: Soraya Guimarães.Desenhos de luz: Assaí Campelo.Arte visual: Marcelo Magon.Produção:Francisco de Castro e Navilouca Produções.Realização: Grupo Harém de Teatro. Patrocínio Equatorial

Leia mais
Back To Top