Fazer palhaçadas é ironizar o poder e destituir o poder do Estado sobre o indivíduo

Esperando Godot estreia dia 17 de agosto em Teresina

O dramaturgo modernista irlandês,que tinha em James Joyce sua expressiva inspiração ,foi um Homem que sentiu na própria carne as duas guerras mundiais e delas tirou a o mel e fel de sua obra e os efeitos definitivos delas sobre os indivíduos e as sociedades testemunha dessa tragédia humana. Diz que “Esperando Godot”, é a história de dois vagabundos_que enquanto esperam a inalcançável personagem do “Senhor Godot” comem nabos brincam com seus chapéus, enquanto fazem narrativas sobre suas vidas e os bons tempos onde eram felizes.

Estreia no dia 17 de Agosto- 20h no Espaço Casa de Soraya.

Mas “Godot”,é mais do que isso.
É um testemunho contundente,e arrasador sobre todos do avanço do nazi_facismo na Europa, que vem de forma avassaladora,destruindo os melhores e maiores avanços e conquistas das sociedades modernas.
Beckett, preferem ,em sua peça, que considera uma farsa, enquanto gênero literário, discorrer sobre os efeitos e impactos dessas transformações sobre tudo e todos.

Comer nabo é como roer o osso que lhe sobra.
Brincar com o chapéu,é perder a cabeça
que é estrangulada numa simulação de suicídio.
Fazer palhaçadas é ironizar o poder e destituir o poder do Estado sobre o indivíduo.
É colocar em cheque a capacidade do Homem em erguer Torre Eiffel como um símbolo,de desenvolvimento e ao mesmo tempo um troféu para a morte do próprio Homem,quando usa o monumento para se atirar lá do alto da sua torre e da sua própria decadência.

O tempo de hoje, lembra muito aquele tempo em que Samuel Beckett,denuncia em sua maior obra.
Uma obra de todos os tempos.

A espera para assistir a peça agora vai acabar. Estreia no dia 17 de Agosto- 20h no Espaço Casa de Soraya.

Ficha Técnica:

Peça: Esperando Godot
Autor: Samuel Beckett
Dramaturgia e encenação: Arimatan Martins.
Elenco:
Francisco de Castro e Fernando Freitas.
Cenografia e adereços: Emanuel de Andrade.
Figurinos: Soraya Guimarães.
Desenhos de luz: Assaí Campelo.
Arte visual: Marcelo Magon.
Produção:Francisco de Castro e Navilouca Produções.
Realização: Grupo Harém de Teatro.

Patrocínio Equatorial

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top