No dia 9 de janeiro de 1920 nascia no Recife, em Pernambuco, João Cabral de Melo Neto, poeta, diplomata e autor do clássico “Morte e Vida Severina” (1966). Avesso ao romantismo e à paixão em suas poesias, seu trabalho é basicamente racional, com a construção elaborada e pensada da linguagem, preocupado em transformar toda a percepção em imagem de algo concreto, relacionado aos sentidos, em especial ao tato. Melo Neto convivia em um influente círculo relacionado à arte. Era irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre. Entre seus amigos estavam o pintor Joan Miró e o poeta Joan Brossa. Membro da Academia Brasileira de Letras (1968), recebeu importantes prêmios como o Camões (1990), o Neustadt International Prize for Literature (1992) e o Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana (1994). Melo Neto morreu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro.
Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil. É considerado o maior poeta de língua portuguesa por escritores como Mia Couto.
Foi agraciado com vários prêmios literários, entre eles o Prêmio Neustadt, tido como o Nobel Americano, sendo o único brasileiro galardoado com tal distinção, e o Prêmio Camões. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prrêmio Nobel de Literatura.
Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melloe primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freire, João Cabral foi amigo do pintor Joan Miró e do poeta Joan Brossa.
O escritor foi membro da academia Pernambucana de Letras (embora não tenha comparecido a nenhuma reunião como acadêmico, nem mesmo a sua posse) e da academia Barsileira de Letras.