Até onde se pode chegar na busca pela perfeição?

Com narrador improvável, “Perfeição Desfeita” acompanha três gerações de uma família e dilemas que refletem problemáticas sociais Nem toda história precisa ter um protagonista. Pode ter vários. Em Perfeição Desfeita, o escritor paulista Sidnei Luz traz essa proposta e vai além. Apesar de escrita em primeira pessoa, nenhum dos quatro personagens é o narrador. A consciência coletiva é o “quinto elemento” revelador das nuances nesta ficção cujo enredo se propõe a dialogar sobre as consequências da busca pela perfeição. A narrativa perpassa mais de sete décadas e três gerações de uma família de migrantes nordestinos. De início o leitor é apresentado a Geralda e Francisco, casal do interior de Pernambuco que em 1980 se muda para São Paulo em busca de emprego e melhores condições de vida. O que se apresenta, porém, são problemas como alcoolismo e dificuldades financeiras. Na capital eles também geram Ângela, uma menina albina e de saúde debilitada, que passa a sofrer bullying na escola. No decorrer dos anos, após uma sequência de abusos, ela já adulta decide ser mãe, e opta pela inseminação artificial. O médico, entretanto, propõe uma manipulação genética, a fim de gerar um filho ‘perfeito’. Assim nasce Ézio. Ao se revelar com uma analgesia congênita, ele passa a ter seu convívio social restrito. Nos dias da infância de Ézio, a tendência da desrealização dava seus derradeiros sinais. A tecnologia do metaverso contribuía na condução da sociedade para uma espécie de virtualização do real. Um fenômeno de uma época que evoluiu a coisificação da existência. Pessoas viviam vidas em seus avatares. Elas consumiam, se divertiam, viajavam, se apaixonavam, brincavam, tudo virtualmente. (Perfeição Desfeita, p. 102) A periclitante convivência nas redes sociais é mais uma das problemáticas introduzidas ao enredo, que aborda outras questões inerentes ao comportamento humano e a uma sociedade excludente e preconceituosa. Padrões de beleza, discriminação econômica e social, política, hegemonia de raça e de poder fazem de Perfeição Desfeita também uma obra sobre humanidades. Além de adultos interessados em História, Filosofia, o livro é recomendado a todos aqueles que se propõem a pensar sobre problemáticas sociais. Uma leitura profunda ao mesmo tempo dinâmica, com boa dose de mistério e plot twist, classificada como surpreendente e reflexiva por influenciadores literários que tiveram acesso ao texto. Assim é também o desfecho deste romance. FICHA TÉCNICA  Título: Perfeição Desfeita Autor: Sidnei Luz Editora: Kotter Editorial ISBN/ASIN: 978-65-5361-119-1 Formato: 16x23cm Páginas: 162 Preço: R$ 59,70 (Amazon) e R$ 29,85 (Kotter) Onde comprar: Amazon | Kotter Sobre o autor: Sidnei Luz é assistente social e servidor público da prefeitura de São Paulo, com foco em ações para pessoas idosas e com deficiências. Na literatura estreia com o romance “Perfeição Desfeita”, que mescla drama e ficção científica. Também é cantor e compositor, tendo sempre como

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Monise Borges “como um canto e Iara aos ouvidos meus

“Como um canto de Iara aos ouvidos meus” é o mais novo lançamento de Monise Borges Amar alguém tem sua magia e seus mistérios, é emocionante, mas também pode trazer ansiedade, medo, um misto de sensações. Todos esses sentimentos se transformaram em músicas no EP “Como um canto de Iara aos ouvidos meus” da cantora e compositora Monise Borges, que já está disponível em todas as plataformas de música. Ouça agora: http://bit.ly/comoumcanto Monise Borges é uma cantora e compositora piauiense. Começou sua carreira aos 10 anos, como integrante da banda de pop rock Agnes, em Picos-PI, posteriormente migrando para a carreira solo e dedicando-se à música popular brasileira e latino-americana. Tem uma discografia focada em suas próprias composições, que cantam o amor, suas dores, suas raízes e sua terra. Já lançou os álbuns “Penso em ti” (2008) e “Amor em Prelúdio” (2013), os EPs “Algo teu” (2018), “Não vão nos calar” (2021), “Pra ficar agarradin” (2021) e “Como um canto de Iara aos ouvidos meus” (2023) e os singles “Memoriar” (2020) e “Vai Passar” (2021). Fez curso livre em Canto Popular no Conservatório Souza Lima, filiado a Berklee, e é formada em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Piauí, além de ter feito intercâmbio na Universidad de Antioquia (Colômbia) e residência de compositores do Programa Internacional Ibermúsicas na Universidad de Costa Rica, sob orientação de Carlos José Castro, detentor do Grammy Latino. “Como um canto de Iara aos ouvidos meus” traz em seu título uma alusão ao canto da sereia, o feitiço de Iara, o seduzir e se deixar ser seduzida, o florescer de uma nova paixão dentro de novas possibilidades e maneiras de se relacionar. Todas as letras e músicas são de autoria da própria Monise, tem nas guitarras e violões Mário Araújo e Denison D’Johnson, no teclado, beats, gravação, edição, mixagem e masterização Cássio Carvalho e arranjos por Monise Borges, Mário Araújo, Denison D’Johnson e Cássio Carvalho, e produção executiva da Geleia Total e Noé Filho. “Que cada música chegue como uma nova descoberta para quem ouvir. Espero que vocês tenham a oportunidade de ouvir com fone e ouvidos atentos para cada novo elemento que vai chegando em cada parte de cada canção. As músicas do EP estão na ordem inversa que foram compostas. A primeira música “Abre os meus caminhos” foi, então, a última a ser composta, e é uma espécie de ijexá, a harmonia vai te levando a um lugar suspenso, nostálgico e ao mesmo tempo novo o tempo inteiro. Em seguida vem a balada pop “Vivendo de saudade”, que nasceu da confusão de perceber a mudança da pessoa dentro da relação e da distância mesmo na presença. A terceira canção, “Amar você assim”, é uma sofrência, uma mistura de sertanejo, piseiro, pop, latino, e fala sobre esse sentimento de se descobrir dentro desse novo “modelo” de relação. E a última, “Sem pedir licença”, que foi a primeira a ser composta, é um funk, é uma música sobre descoberta, sobre algo que está começando, é uma canção circular, sem refrão, mas com um sabor que é esse ritmo. Para ilustrar a capa deste lançamento, Monise Borges convidou Igor Ganga, artista visual, escritor, cantor e psicólogo teresinense. “Procurei retratar, nessa figura, os encantos de encontrar a magia de apaixonar-se. Ao mesmo tempo que é belo, é misterioso e até perigoso. Penso que a sereia, essa entidade, reflete isso, como a própria água: beleza, mistério e perigo.” Igor Ganga Monise enxerga esse trabalho como um interlúdio, porque ele é sobre um momento, um tempo específico de sua vida. Ele veio de um lugar de passagem, depois de algo e antes do álbum que virá em breve. Ouçam e preparem-se para os próximos passos da trajetória musical desta artista única. ] FICHA TÉCNICA EP Como um canto de Iara aos ouvidos meus (Monise Borges) Letra e Música: Monise Borges Voz e vocais: Monise Borges Guitarra e violão: Mário Araújo e Denison D’Johnson Teclado, beats, gravação, edição, mixagem e masterização: Cássio Carvalho Arranjo: Monise Borges, Mário Araújo, Denison D’Johnson e Cássio Carvalho Capa: Igor Ganga Designer: Herick Araújo Produção executiva: Geleia Total e Noé Filho

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