
Quartas musicais: Cláudia Simone e convidados homenageiam Torquato
O Projeto Quartas Musicais vai acontecer pela primeira vez em Teresina, e na sua estreia já movimenta a cena cultural da cidade com a cantora Cláudia Simone que realizará o show “Literato Cantabile – uma homenagem à TORQUATO NETO, dia 09/11, às 19h, no Espaço Osório Jr/Complexo Cultural Clube dos Diários. “Torquato Neto é uma lenda para as artes no Piauí e no mundo, marcou época, pois foi um importante jornalista, compositor, cineasta e ator brasileiro! Sempre é importante falar sobre a obra de Torquato, pois quem conhece o artista descobre coisas novas e principalmente para a nova geração que recebe a obra do Torquato com muito entusiasmo! ” declarou Cláudia Simone. A cantora e poeta Cláudia Simone foi a primeira artista piauiense a gravar um DVD em homenagem a Torquato Neto e que, recentemente, foi premiada nacionalmente com o Prêmio Grão de Música em São Paulo. O Show Literato Cantabile vai acontecer com participações especiais de Roraima, Os Oliveira (Saquá e Doguinha), Camie, Ricardo Totte, da Banda Base 2 Britos e 1 Malaca e do Grupo MPB Para Todos, este último fazendo a abertura. O evento vai utilizar outras linguagens artísticas, além da música, como Exposição “Torquato hoje, amanhã e sempre”, que será realizada pelo Projeto Arte na Praça e a palestra do escritor, editor, jornalista Kenard Kruel. A educadora Roze Magalhães é a idealizadora do Projeto Arte na Praça que atende 80 estudantes que são beneficiados com aulas de arte e música. O espaço, alugado com o salário da professora, é mantido com muito esforço. “Há muitos anos realizo intervenções com a obra de Torquato Neto e será um prazer levar o evento para um espaço maior, os jovens se encantam com a força da obra de Torquato! Vai ser lindo!” – disse a professora Roze Magalhães. SOBRE CLÁUDIA SIMONE É cantora, compositora, poeta, Produtora Cultural, Bacharel em Direito. Seu 1º livro de poemas intitulado “Sobre Todos os Sons da Natureza” (Edições Não Ser/ 1887) teve um de seus poemas analisado pela Gramática Saraiva com distribuição nacional. Também participou de diversos livros como: Elas Escrevem, Elas Inspiram/ Antologia Transcultural de Poesia Feminina/ Antologia de Escritoras Piauienses do Sec. XIX a Contemporaneidade/ Crocevia di Versi – Encruzilhada de Versos – Pequena Antologia Transoceânica/ Baião de Todos. Em 2000 lança seu 1º CD intitulado “A Quintessência” produzido por Marleide Lins. Em 2005 vence o concurso Publique da FUNDAC, atual Secretaria de Cultura do Estado do Piauí (SECULT) e publica o livro “A QUINTESSÊCIA” homônimo do CD, sendo elogiada pelo poeta Hardi Filho. Em 2021 lança seu 2º CD intitulado “ANCESTRAL” e recebe o Prêmio Grão de Música em São Paulo. O Grão de Música é um prêmio nacional que escolhe 15 artistas, a cada ano, para serem premiados pelo conjunto de sua obra. Como produtora produziu o Projeto Canta Piauí em parceria com a TV Assembleia/PI, com patrocínio da Lei do SIEC. O Projeto Canta Piauí foi amplamente divulgado pelas redes sociais, tendo contemplado diversos grupos, compositores e interpretes piauienses como: Fátima Castelo Branco, Roraima, Chagas Valle, Eita Píula, Duda Di, Soraya Castelo Branco, Netinha Piauí, Balandê Baião (Monsenhor Gil), Gabi, Edivaldo Nascimento, A Ópera dos Malungos (com os irmãos Fifi, Dimas e Assis Bezerra), Chicão, Jandaia, entre outros. Atualmente é Coordenadora de Comunicação do Projeto Música Para Todos, produz o Programa Música Para Todos na TV, produziu o Projeto Canta Piauí em parceria com a TV Assembleia, amplamente divulgado pelas redes sociais, é Acadêmica da ACAPI (Academia de Poesia do Piauí). SOBRE O PALESTRANTE Kenard Kruel Fagundes é formado em Letras Português e Letras Inglês pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Especialista em Literatura Brasileira pela PUC de Belo Horizonte. Foi aluno especial do Mestrado em Letras – Teoria Literária, promovido pela Universidade Estadual do Piauí, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco. Foi aluno especial do curso de Mestrado em Letras – Estudos Literários, promovido pela Universidade Federal do Piauí. E é um dos escritores com maior número de obras publicadas no Estado do Piauí. Obras: Torquato Neto ou a Carne Seca é Servida (1a edição em 2001 – 2a edição em 2008), 1º lugar Prêmio Mário Faustino da FUNDAC (2000); Gonçalo Cavalcanti – o intelectual e sua época (2005), Djalma Veloso – o político e sua época (2006), O. G. Rêgo de Carvalho – Fortuna Crítica (2007), Eurípides de Aguiar – escritos insurgentes (2011) e Genu Moraes – a mulher e o tempo (2015) e muitos outros. TORQUATO NETO O ETERNO ANJO TORTO Torquato Pereira de Araújo Neto nasceu em Teresina, 9 de novembro de 1944 e morreu no Rio de Janeiro em 10 de novembro de 1972, foi poeta, ator, cineasta, jornalista, letrista de música popular, experimentador ligado à contracultura. Torquato Neto era o único filho do defensor público Heli da Rocha Nunes (1918 – 2010) e da professora primária Maria Salomé da Cunha Araújo (1918 – 1993). De Teresina, mudou-se para Salvador aos 16 anos para os estudos secundários, onde foi contemporâneo de Gilberto Gil no Colégio Nossa Senhora da Vitória (Marista) e trabalhou como assistente no filme Barravento, de Glauber Rocha. Torquato envolveu-se ativamente na cena soteropolitana, onde conheceu, além de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia. Em 1962, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar jornalismo na universidade, mas nunca chegou a se formar. Trabalhou para diversos veículos da imprensa carioca, com colunas sobre cultura no Correio da Manhã, Jornal dos Sports e Última Hora. Torquato atuava como um agente cultural e polemista defensor das manifestações artísticas de vanguarda, como a Tropicália, o cinema marginal e a poesia concreta, circulando no meio cultural efervescente da época, ao lado de amigos como os poetas Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos, o Cineasta Ivan Cardoso e o artista plástico Hélio Oiticica. “escute, meu chapa: um poeta não se faz com versos. E o risco, é estar sempre a perigo sem medo, é inventar o perigo e estar sempre recriando dificuldades pelo menos maiores, é destruir a linguagem…