Dam Bezerra, Musicalidade no Violão!

 Trabalhar em uma tv que se dedica a divulgar a cultura piauiense, nesse caso especificamente a música faz com que eu conheça grandes músicos, como é o caso do violonista Dam Bezerra, esse artista tem uma musicalidade incrível, impressiona também a forma simples de tocar coisas complicadas. Dam Bezerra é natural de Teresina e começou no violão ainda criança, a vontade de aprender era tanta que ele escalava uma parede de taipa pra pegar o violão do vaqueiro que ajudava seu pai, o ajudante amarrava o violão na cumieira da casa pra dificultar que alguém pegasse, mas o amor pela música era maior que o medo e o pequeno Damião iniciou assim na música. Aos onze anos começou a praticar e aos dezessete teve seu primeiro professor o grande Erisvaldo Borges com quem estudou durante dois anos, a partir daí se dedicou totalmente a música e em 2005 participou do Festival Internacional de Música de Brasília tendo como orientador o Prof. Dr. Eduardo Meirinhos. Também participou de todas as edições do Festival Nacional de Violão do Piauí, se apresentou como músico convidado em algumas edições. A catorze anos Dam, dá aulas no projeto Música para Todos, a sua trajetória se confunde com a dessa instituição. Ele é graduado em educação artística com habilitação em música pela Universidade Federal do Piauí(UFPI). Além de recitais e de tocar na noite Dam participa do quadro “Violão Convida” no programa “Feito em Casa” apresentado pelo professor e poeta Cineas Santos exibido pela Tv Assembleia do Piauí, onde Bezerra convida músicos para um dueto e uma boa conversa, claro que sempre ouço sons incríveis as vezes um duo de violões em outra sanfona e violão, enfim se for um bom músico ou cantor piauiense provavelmente vai ser chamado. Recentemente Dam compôs uma música de uma forma no mínimo diferente, ele criou a partir de uma foto feita pelo professor Cineas Santos em que ele capturou passarinhos em fios da rede elétrica, o violonista percebeu que a forma que as aves estavam pousadas poderia ser transposta para uma escala musical e assim surgiu a melodia de “Trinados”. A forma com que ele conduz o quadro demonstra humildade e generosidade próprias de um grande artista. Como faço sempre vou deixar aqui um link de uma música tocada por Dam Bezerra.

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Repthoids, Invasão Alienígena no Rock!

A banda Repthoids (@repthoids.banda), é baseada na obra do incrível artista visual Braga Tepi (@bragatepi.atelier), os personagens foram desenhados pra compor uma invasão alien cyberpunk, a banda é formada por Draconian guitarra e voz, Siriano baixo e Arcturiano na bateria, o som da banda é um híbrido de post punk, hardcore, sempre com guitarras distorcidas. A Invasão alienígena começou pelas plataformas de streamings no dia 20 de Maio quando foi lançado o single “Reptilianos”. As letras como não poderiam deixar de ser falam sobre aliens, invasões e contatos com extraterrestres. A tão esperada estreia (ou invasão) da banda acontece no dia 12 de Julho no Cherokee Grill, na Rua Areolino de Abreu, 1461 as vinte horas, com a participação das bandas Megahertz que dispensa apresentação e a banda tributo ao Sepultura, Infected Voice, o show também é em comemoração ao dia do rock celebrado no dia seguinte, treze. Mais informações no instagram da Banda @repthoids.banda. E vou deixar aqui o link do single “Reptilianos” que está nas plataformas de streamings.

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Muita criatividade e talento!

Alguns músicos tem uma capacidade criativa impressionante, vou falar sobre dois artistas que chamam atenção pela quantidade de músicas compostas e discos gravados. Primeiro vou falar de Luiz Caldas, é um excelente guitarrista, multi-instrumentista, compositor e produtor musical que respira e transborda música. Ele começou aos sete anos e não parou mais, se destacou ao criar a sonoridade que ficaria conhecida como axé music, mas Luiz ao longo de sua carreira já gravou discos de samba, reggae, música latina, forró, mpb e rock, alguns instrumentais e outros cantados. A quantidade de discos e músicas lançadas pelo artista é incrível, por exemplo, só no ano de 2011 Caldas gravou doze discos de músicas inéditas. Até Janeiro de 2023 o artista tinha 795 (setecentas e noventa e cinco) obras musicais e 241 (duzentas e quarenta e uma) gravações cadastradas no banco de dados de gestão coletiva de música. Luiz já gravou mais de 140 (cento e quarenta) discos, inclusive em Fevereiro de 2024 ele já havia lamçado um disco. Algo muito interessante é que ele disponibilizou em seu site oficial “luizcaldas.com.br” todas os discos para ouvir e para download gratuitamente. Vale a pena dar uma conferida na obra desse grande músico brasileiro. Outro músico que se destaca pela quantidade e qualidade de sua obra é Brian Patrick Carrol, mais conhecido como Buckethead(cabeça de balde) o cara é excêntrico e adotou uma máscara branca lisa e usa um balde na cabeça que a princípio tinha um adesivo escrito “funeral” segundo ele a máscara é inspirada no filme de terror “halloween” e no decorrer da sua carreira ele mudou para um balde com a logomarca da rede de fast food americana KFC, ele também faz performance com nunchaku e dança do robô. O guitarrista compõe em vários estilos, passando pelo heavy metal, rock progressivo, jazz, blues, funk, ambiente e avant-garde. Buckethead tem mais de 400 registros de gravação e já tocou com grandes músicos de jazz e rock, com o Guns ‘n roses gravou o disco “chinese democracy”, mas não passou muito tempo na banda e voltou para sua carreira solo. O guitarrista é considerado um dos mais inovadores músicos contemporâneos, foi aluno de Paul Gilbert um excelente guitarrista e hoje já é considerado melhor que seu professor. Ele incorpora em sua música influências de Frank Zappa, Yngwie Malmsteen, Andy Summers, Kerry King e do Saxofonista John Zorn. Inovação, criatividade e excentricidade são as marcas registradas de Buckethead. Quer sacar o som do cara é só buscar nas redes sociais, garanto que tem muita coisa boa pra ouvir. E como sempre faço vou deixar links de uma música do buckethead e o link do site do Luiz Caldaslá tem todos os discos como já falei pra ouvir e baixar. . buckethead

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André de Sousa, 30 Anos de Música!

Para celebrar 30 anos de carreira o professor de música, guitarrista, produtor, cantor, compositor e arranjador André de Sousa, está lançando um projeto na plataforma de financiamento coletivo catarse. A ideia desse grande guitarrista é arrecadar fundos para gravar um material audiovisual em estúdio, nesse registro estará contido um show com um apanhado de toda a sua carreira e ainda depoimentos de músicos e amigos falando da convivência e parceria com André, mas além disso com o valor arrecadado o músico pretende gravar um disco com músicas inéditas, com certeza mais um trampo de qualidade. Além de ajudar a cena independente e participar desse evento de grande relevância cultural, dependendo do valor da sua contribuição você terá direito a itens como canecas e camisetas referentes a essa celebração. A campanha começa no dia 11 de Março e você ainda pode acompanhar com transparência a destinação do valor arrecadado é só acessar a página do evento na plataforma Catarse no link www.catarse.me. Por tudo que esse cara já fez não só pelo rock mas também pela música piauiense, merece todo o nosso apoio, não tenho dúvida que a campanha vai ser um sucesso e em breve teremos mais um registro de excelente qualidade de André de Sousa pra curtir. Pra não fugir a regra vou deixar aqui um link de uma música desse grande artista. https://youtu.be/BrE5ZMgVJTc

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Rock x Religião

Uma das principais características do rock é a contestação. O estilo veio, entre outras coisas, para questionar o que a sociedade impõe. Nessa coluna, irei destacar algumas músicas que questionam a religião ou fatos relacionados a ela, que é uma das coisas mais importantes na vida dos seres humanos e que, na minha opinião, é algo de extrema necessidade, mas que acaba sendo usada para as mais diferentes finalidades que não o bem, podendo se tornar uma das piores coisas que existem no mundo. Afinal, quem pode imaginar ter sentido uma guerra, ou seja, matar em nome de Deus? A verdade é que a usam basicamente para manipular e alienar os fiéis e ainda enriquecer algumas pessoas. Dito isso, vou listar algumas bandas ou artistas brasileiros que meteram o dedo na ferida, usando o rock da melhor forma possível. A primeira é a Plebe Rude, banda de Brasília que foi formada em 1981 e faz um punk rock, como não poderia deixar de ser, com críticas sociais e políticas. A banda se destacou por não se prender ao estilo, digamos, engessado do punk, misturando influências de bandas inglesas a arranjos e melodias mais elaboradas. A música em questão é “Até quando esperar”, que faz uma crítica ao capitalismo e, ao mesmo tempo, em alguns trechos, uma analogia entre o sistema econômico e a religião. Por exemplo, no trecho “E cadê a esmola que nós damos sem perceber que aquele abençoado poderia ter sido você?”, às vezes não percebemos que a nossa generosidade ao dar esmolas não é suficiente para diminuir as desigualdades e “aquele abençoado” poderia tanto ser o patrão ou Jesus, passando a ideia de que a pessoa teria uma vida melhor. E para fechar essa resumida análise, o refrão que diz “Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda de Deus”, enquanto o povo estiver ajoelhado rezando, nada irá mudar. Os caras estão na ativa e, como muitas coisas ainda não mudaram no país, eles continuam tendo de onde tirar inspiração para compor. Ele não poderia ficar de fora dessa lista. Raul Seixas é um dos caras que personificam o rock. Suas letras e músicas incríveis, além de nos divertir, nos levam à reflexão, como no caso de “Rock do Diabo”. Nessa letra, Raul fala da conexão e influência do diabo no rock, o ser do “mal” incita a rebeldia e liberdade que são coisas enfatizadas pelo rock. Proclamando o diabo como pai do estilo, ele sugere o poder do gênero musical que desafia as normas sociais. E para finalizar essa lista que poderia ser bem maior, uma música de uma das maiores bandas brasileiras que eu admiro que é a “Titãs”, também porque eles fizeram e fazem o que querem. Começaram com um som meio new wave, mais à frente flertaram com música eletrônica, mas o que eles sabem fazer melhor é o rock com muita guitarra e letras contundentes, como em “Igreja”. Os caras não tiveram receio de que a letra fosse trazer problemas, por vivermos infelizmente (na minha opinião) em um dos países mais religiosos do mundo, um dos motivos de sermos atrasados cultural e socialmente. Não concordo com tudo que a letra diz. Dito isso, uma das coisas que me chama atenção é que os versos dessa música vão direto ao ponto, sem rodeios, como podemos perceber logo no primeiro trecho: “Eu não gosto de padre, eu não gosto de madre, eu não gosto de Frei, eu não gosto de bispo, eu não gosto de cristo, eu não digo amém”. Eu incluiria “eu não gosto de pastor”, mas na época esse tipo não estava tão em evidência como (infelizmente) hoje em dia. Essa é uma das minhas preferidas da banda, pois além de tudo levanta a bandeira da liberdade de expressão e o inconformismo com instituições que fazem mal à humanidade, quando deveria justamente ser o contrário. E como de praxe deixo aqui os links das músicas: Plebe Rude.https://www.youtube.com/watch?v=Hau9i7FiVfM&pp=ygUecGxlYmUgcnVkZSBhdMOpIHF1YW5kbyBlc3BlcmFy Raul Seixas https://www.youtube.com/watch?v=uxzIiAQFTWM&pp=ygUacmF1bCBzZWl4YXMgcm9jayBkbyBkaWFibyA%3D Titãs https://youtu.be/ppQUPskpcvs

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Divulgação

Monise Borges, o canto que encanta!

Monise Borges desde cedo já sabia que iria seguir na carreira de cantora, aos dez anos já cantava em uma banda que tinha base no pop e rock na cidade de Picos. Algum tempo depois seguiu carreira solo, também como compositora e mudou o estilo para MPB e música latina. As composições de Monise expressam o amor, suas dores, raízes e sua terra. Em 2008 lançou seu primeiro trabalho solo, “penso em ti”, já “Amor em prelúdio” foi lançado em 2013, a partir daí lançou os Ep’s “Algo teu” em 2018, “Não vão nos calar”, “Pra ficar agarradin” em 2021 e “Como um canto de Iara aos ouvidos meus”em 2023, lançou também os singles “Memóriar” em 2020 e “Vai passar” em 2021. Monise procurou aliar o seu talento aos estudos, se formando em música pela Universidade Federal do Piauí e fazendo intercâmbio na universidad de Antióquia na Colômbia e residência de compositores do programa internacional Ibermúsicas na universidad de Costa Rica, orientada pelo ganhador do grammy latino Carlos José Castro. Alguns fatores chamam a minha atenção sobre Monise, a sua bela voz, dotada de uma suavidade incrível e sua relação com suas raízes ancestrais. Ela é mais uma artista piauiense qeu nos enche de orgulho, ouçam comentem e compartilhem a música dessa moça faz muito bem. Vou deixar aqui um link do ep de Monise Borges. https://www.youtube.com/watch?v=yM4WMlm0Tyc

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Festival na Mulêra!

  A expectativa criada pelas prévias, que aconteceram no centro multicultural Stouradas durante três meses é que o Festival Mulêra que acontecerá nos dias 21 e 22 de Outubro na praça Rio Branco, seja um marco histórico na música autoral piauiense, segundo os organizadores o evento é uma homenagem apaixonada à rica música piauiense e uma imersão na obra de artistas que nos presenteiam com suas composições. Além de apresentações musicais haverá uma feira com produtos diversos. O evento com 13 atrações musicais, engloba vários estilos que vão do reggae da Alma Roots, passando pelo rock´n roll dos Radiofõnicos e o hardcore do Óbtus, mas tem também MPB, Funk e Rap. Vamos prestigiar a boa música piauiense.

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30 anos da Orquestra Sinfônica de Teresina!

Em 2023 a Orquestra Sinfônica de Teresina completa 30 anos de existência, ela foi criada em 1993 com o intuito de levar a música erudita a todos os cantos do estado e ao maior número de pessoas possível. Tudo começou com um projeto da prefeitura municipal de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, a princípio com o nome de orquestra de câmara e tinha a frente como diretor didático pedagógico o maestro Emanuel Coelho Maciel, que no início buscou 25 jovens bolsistas de comunidades menos favorecidas, esses aprendizes se dispuseram a aprender primeiramente instrumentos de cordas friccionadas como violino e violoncelo e só depois foram incluídos instrumentos de percussão e sopro a partir daí foi feito um trabalho que já teve destaque logo nos primeiros anos. Durante as comemorações dos 141 anos de Teresina, ocorreu a primeira apresentação e assim a orquestra se tornou conhecida e rendeu vários projetos sempre com muito sucesso. Após oito anos de criação, o maestro Aurélio Melo assumi a direção e regência da orquestra e para ampliar e reestruturar a orquestra, foi criada a Associação dos amigos da orquestra de câmara de Teresina que elaborou um projeto aprovado pelos correios, os recursos provenientes possibilitaram o pagamento dos músicos e a compra de novos instrumentos, com essa expansão passou-se a ser chamada por dois anos de orquestra filarmônica. Em 2007 foi decretada a mudança de filarmônica para orquestra sinfônica, desde então foi convidada para inúmeras apresentações em datas e eventos importantes da nossa capital. Com o maestro Aurélio Melo a frente da orquestra vários projetos foram criados como levar música clássica a todas as regiões de Teresina incluindo a zona rural, outra interessante empreitada foi a realização do “Rock Sinfônico” que trata-se da fusão do rock com a música erudita, o evento foi criado para homenagear o gênero mais popular do mundo e claro aproximar da música clássica o maior número de jovens, o sucesso foi tão grande que já esta na sua terceira edição, a união do erudito e o popular continuou com o espetáculo “Um preludio ao rei” em homenagem a Roberto Carlos e o mais importante de todos e o que rendeu mais frutos foi a “Cantata Gonzaguiana”. O maestro Aurélio criou novos arranjos para as músicas do rei do baião Luiz Gonzaga que é interpretado pelo humorista João Cláudio Moreno um grande e fã e um dos melhores imitadores de Luiz Gonzaga. O espetáculo alcançou um sucesso tão grande que já levou a orquestra a se apresentar em outros estados e à gravação de um DVD sobre essa verdadeira celebração da cultura nordestina com a música clássica. A orquestra sinfônica de Teresina é motivo de orgulho e a nossa expectativa é que ela continue com projetos interessantes e levando emoção e música de qualidade a população piauiense.

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literatura Rocker

    Destaco nessa coluna, dois livros escritos por roqueiros piauienses, o primeiro é “Chakal” escrito por Altaídes Pedreira o Chakal. Aristides Oliveira e Heitor Matos e foi lançado pela editora Cancioneiro. O livro é biográfico e fala da vivência do vocalista Chakal da banda óbtus que é referência no punk/hardcore do Piauí, que também  é sem dúvida um dos melhores frontmans do Piauí e além disso é um cara querido por todos. O eixo central do livro são as lembranças de Chakal no cenário musical de Teresina, mais especificamente ligadas ao metal e hardcore, só na banda óbtus são vinte anos de estrada. Então ele acompanhou de perto o underground teresinense e como foi a evolução e as barreiras que as bandas tem de ultrapassar pra se manter na ativa. É uma excelente dica pra quem quer conhecer melhor o underground teresinense. O segundo destaque, não menos importante é o livro “A alegria da festa é o que me resta”, escrito pelo vocalista e um dos fundadores da banda Narguilé Hidromecânico, Fábio Crazy. O livro conta a trajetória da banda que pra mim é a melhor que apareceu por aqui, a princípio o som dos caras era uma mistura de rock com ritmos regionais e foi ficando mais rock´n roll com o passar do tempo. Os shows da banda são uma verdadeira celebração, com performances energéticas e hipnotizantes, a banda ganhou mais punch e versatilidade com a entrada do guitarrista André de Sousa, na minha modesta opinião o melhor do Piauí. Recomendo demais por que é um livro que você lê de uma tacada só, a publicação lançada pelo clube dos autores, basicamente narra sobre a ascensão meteórica da banda em Teresina e as andanças e experiências por outros estados, pelos relatos do autor faltou pouco pra banda ter uma visibilidade maior, talvez até ser reconhecida nacionalmente, atributos não faltam. Enfim, duas excelentes dicas pra quem quer conhecer mais sobre o rock piauiense, os livros podem ser adquiridos diretamente com os autores, aqui vai os contatos de Chakal @chakalpedreira e de Fábio Crazy @fabiocrazychristian. E como sempre faço vou deixar links de vídeos da banda óbtus e da Narguilé hidromecânico. Óbtus https://www.youtube.com/watch?v=Uk0yDL3_aKQ Narguilé Hidromecanico https://www.youtube.com/watch?v=i_VvYH5_rGk

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Foto: Antonio Carlos Rodrigues

Secos e Molhados e Primavera nos Dentes!

Esse ano um disco icônico da música brasileira completou 50 anos, estou falando do primeiro álbum do secos e molhados uma das principais bandas brasileiras de todos os tempos. A banda além de genial, foi inovadora pela forma teatral com que se apresentava, pelas roupas e rostos pintados , a performance de Ney Matogrosso contribuía na inovação e transgressão a que a banda se propôs. O que se ouve no disco é basicamente rock’n roll, com influências de progressivo e música brasileira, com letras e arranjos fantásticos o disco foi considerado pela revista Rolling Stones o quinto mais importante da nossa música, eu até prefiro o segundo LP lançado em 1974, mas o primeiro teve um impacto gigante. Algo interessante foi a coragem dos integrantes ao se apresentarem com aqueles figurinos e a pintura facial em plena ditadura, onde várias expressões artísticas eram censuradas de forma arbitrária e sem uma justificativa convincente, ainda bem que os censores não eram tão inteligentes e as vezes não percebiam as críticas veladas feitas ao sistema vigente. O sucesso foi estrondoso, o disco vendeu mais de um milhão de cópias, infelizmente por divergências pessoais Ney resolve sair da banda, Ney seguiu carreira solo e viria se tornar uma das maiores vozes da MPB. O grupo perdeu o rumo e parou as atividades por um tempo voltando depois mas sem o mesmo brilho e qualidade de antes. Os dois discos viraram clássicos absolutos do rock brasileiro cultuados e reverenciados até hoje. A capa do álbum também é um caso a parte, foi pensada por  Antonio Carlos Rodrigues que era fotógrafo do jornal carioca “A última hora”, Antonio teve a ideia quando soube o nome do grupo e colocou vários secos e molhados em cima de uma mesa colocou a cabeça dos integrantes e os maqueou, a mesma foi eleita a melhor capa da história da MPB. É muito difícil mensurar a importância do grupo para a nossa música, a banda influencia outros artistas até hoje e suas músicas ganharam versões e alguns tributos foram feitos e um em especial me chamou atenção, foi o capitaneado por Charles Gavin pesquisador e ex baterista do titãs, o cara se cercou de um timaço de músicos Felipe Ventura violino e guitarra, o grande Paulo Rafael (que infelizmente nos deixou ano passado), Pedro Coelho baixo e pra mim a grande surpresa desse projeto, a cantora Duda Brack, essa moça ficou com a parte mais difícil desse projeto cantar o que Ney Matogrosso imortalizou, pois Duda superou as minhas expectativas e acredito que de muita gente, ela conseguiu imprimir uma personalidade incrível nas músicas,realmente surpreendente, pena que o projeto que era pra ter um dvd e fazer turnês não foi a frente. O tributo primavera nos dentes foi uma das melhores coisas que ouvi nos últimos tempos na música brasileira. Como sempre vou deixar links de músicas pra vocês, uma do secos e molhados e outra do primavera nos dentes. Secos e molhados https://www.youtube.com/watch?v=_CSjq-UyaWA Primavera nos dentes aqui em uma das raras apresentações na tv, no programa Metrópolis da tv Cultura https://www.youtube.com/watch?v=NNat-mZE8Yw

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